sábado, 9 de fevereiro de 2013

sábado, 19 de novembro de 2011

contra a racialização do Brasil: Sobre cotas raciais e escravidão: uma explicação necessária.

A abordagem de Roberta Fragoso com suas pobres e insustentáveis teses.
A senhora Roberta não precisaria recorrer a gens oou teses científicas para defender o seu ponto de vista, já que é um direito de todos lutar pela preservação do nicho próprio, no caso, o do poder do qual ela participa. A defesa que ela faz é pelo menos justa para com os seus iguais e aí nada a criticar porque o egoismo ou egocentrismo nos torna cegos e, às vezes, obtusos a ponto de tergiversar sobre questões cristalinas como o preconceito racial brasileiro que alija do processo social e do empoderamento o igual de pele negra. Negar o destratamento do negro como ser igual é querer tapar o sol com peneira e impingir que entendamos que as diferenças sociais não leva em consideração em grandiosíssima frequência o fato do elemento ser negro. Talvez pro não ter idade para haver presenciado e nem tempo a perder com leituras que a demonstrem essa realidade, ela não saiba que até bem pouco tempo os negros não frequentavam clubes sociais da elite nem entravam em elevadores sociais; não levar em conta o olhar do policial ou até mesmo do vigilante sobre o homem de pele negra; o aconchego da carteira ao corpo e olhar preocupado quando um negro se aproxima; talvez também não tenha ela tido tempo ou interesse de, ao invés de buscar a genética - que ninguém que seja sério discute como viés que ofereça forma de combate ao racismo e ao cinismo preconceituoso instalado na sociedade brasileira pelo estamento de poder constituído ao qual ela luta para pertencer, com todo direito. Não precisamos ir longe para percebermos as suas companhias sociais, principalmente no que tange ao combate programático contra as cotas universitárias. Foi aluno de Gilmar Mendes, é advogada do DEM e no lançamento de um determinado livro não se avergonhou de posar ao lado de um grupo de brancos para afirmar que não tinha racismo no Brasil porque a raça é humana, justamente para falar de discriminação quando o negro foi discriminado não podendo participar do debate nem da mesa formada. O importante daquele momento foi ela ter afirmado que podemos ter os nossos preconceitos mas não manifestarmos em função das penas da lei. E é verdade! Mas quem tem esse conceito intrincado não vai deixar de usar os meios subliminares para fazer valer o seu sentimento nas oportunidades possíveis. E assim foi feito no lançamento do livro, onde a regra foi estabelecida pelo grupo anti-cotas universitárias para dar conotações de legitimidade ao golpe que desfechariam contra os interesses negros.
Então, não devemos racializar o Brasil, segundo ela em seu artigo, na contramão da história porque isso já está feito e desnecessário o confronto pois todos vivemos uma sociedade tranquila e fraterna com a segregação que institucionalizaram no silêncio das noites de conquistas da hegemonia atual tendo o povo negro pagando a conta que ela se diz não devedora, conquanto usufrua do sacrifício do negro na produção da riqueza que ela também desfruta e agora não quer pagar o "devido imposto" sonegando mais um tributo como a sonegação da verdade que insiste em propagar.
Nenhum de nós tem dúvida ou questiona a sua natureza humana. mas ela ainda não percebeu o foco da discussão porque ungida por uma prática maniqueísta dos seus pares que não agem publicamente, para não serem pilhados em crime, mas que agem nos porões desocupados de suas consciências para estabelecerem um novo marco regulatório do quanto o povo negro pode ou não avançar na direção dos seus direitos humanos, mantendo-os presos aos grilhões das correntes modernas do escravagismo também moderno.
Se a RF ao menos pensasse que as cotas não tiram dela a oportunidade qualquer mas concede a outros oportunidade qualquer, por uma simples análise de conteúdo, talvez fosse mais condescendente com a nossa busca de povo negro e coerente com a maioria da opinião pública que, com visão ampla da realidade - conceito de pessoa normal - e saísse dessa cristalização de conceito de raça humana como um apêndice inflamado na discussão de fundo.
O povo negro não precisa de permissão para se conceituar e se admitir como humano, já que é a origem da humanidade, também negada pelos reacionários de plantão, quase fascistas.
Hitller tinha a sua visão de povo e provocou o holocausto. Os seus seguidores, ainda nos dias atuais, o consagram e só não fazem a mesma atrocidade em grandes números pelo império da lei. Mas eles pensam também na raça ariana como a única possível de existir, embora sendo tenham a consciência de que a raça é humana. E, mesmo essa raça humana sofre com a distorção de caráter de muitos dos humanos. E essas distorções estão presentes na atitudes do poder de decisão que o povo negro combate para que possa ter acesso pleno aos direitos. Estão presentes na educação quando a educação pública que deveria ser a universal e única foi assaltada pela educação privada que começa a exclusão a partir do valor da mensalidade que não cabe no bolso do povo negro (raça humana). É esse povo que estuda na escola pública desqualificada, talvez, para valorizar a escola privada que vai competir com os alunos da escola privada nas universidades públicas em total desvantagem. As cotas universitárias são consequência e não causa. Consequência de um descaso e despreocupação com o povo negro que vive à míngua e na exclusão. Seria muito bom que a consciência da raça humana não subjugasse ninguém pela cor de sua pele. E isso está provado na própria adoção de crianças. As de pele preta dormitam nos orfanatos tendo que a procura é por criança de pele clara. Aqui cai o mito de cotas sociais que a procuradora não quer admitir por questão de conteúdo programático do partido que representa.
Cai também um outro mito por ela defendido: escola pública de qualidade. Naturalmente por estar com as vistas e ouvidos cerrados não vê nem ouve que estamos discutindo cotas universitárias e não cotas para jardim de infância, pré-natal ou primeiro ciclo do curso seriado até a universidade. É um discurso que nos remete a pensar se ela quer que todos os negros em idade universitária devam voltar a útero materno e se rematricular na escola pública de qualidade que, sinceramente, não chega ao meu conhecimento como chega esse texto dela, qualquer iniciativa fora das discussões das cotas para prover a escola pública de qualidade, cuja iniciativa não teria qualquer imbricamento com as cotas universitárias tão combatidas pelo ela e o seu partido neoliberal.
Centro minha referência na RF porque a vejo como jovem que pode mudar o seu olhar e tratar de causa que estabilizem uma relação humana dando-lhe notoriedade maior que a obtida com o combate ás cotas universitárias, já que antes, embora morador do DF há mais de trinta anos, não tinha ouvido falar em seu nome.
E o faço também pela minha cota de amor ao próximo independente do quanto este próximo seja irreverente minha luta embalado pelo ópio do poder e do pragmatismo: os contra normalmente têm mais chances de notoriedade do que os a favor de qualquer causa. Prova disso é que enquanto muitos labutam a favor do bem-estar de tantos, o que aparece nas mídia é a criminalidade, as barbáries, o antagonismo.
Então ser "Contra a racialização do Brasil" é ser a favor da manutenção do status de racialização que atinge frontalmente o povo negro em suas perspectivas de vida digna e equânime.
A quem discorda dessa assertiva,ficam aqui algumas perguntas: qual a cor da diplomacia brasileira (humana)?; qual a cor do oficialato brasileiro (humano)?, qual a cor da justiça brasileira (humana)?, qual a cor do poder brasileiro (humano)? qual a cor da procuradoria brasileira (humana)? qual a cor da riqueza brasileira (humana)? qual a cor da universidade brasileira (humana)? qual a cor da mídia brasileira ((humana)? qual a cor do gueto brasileiro (humana)?
qual a cor da pobreza brasileira (humana)? qual a cor dos escravos brasileiros (humanos) geradores de toda essa riqueza nacional porque os índios (humanos) são tutelados?, qual a cor das mulheres brasileiras (humanas)em postos importantes? qual a cor do seu amor (humano) na escolha do companheiro ou companheira, sendo você de pele branca?
Pode ser objetiva na resposta senhora RF. Gostaria de receber a sua resposta.
Fraternal e docemente.

NEGRODEFINIÇÃO

Aquele que não tem conceitos e/ou preconceitos porque é definição de Deus humanamente falando, e escória tentada e não conseguida pelo poder dominante.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

A intolerância religiosa tem levado mais gente para o mundo inferior do que para o "céu". É inadmissível que qualquer religião Cristã ou para o amor, ainda que não seja cristã, se posicione com sectarismo estabelecendo um Deus-propriedade ou Cristo-propriedade desse ou daquele segmento religioso. As religiões de matrizes africanas tem sofrido com esse sectarismo e olhar enviesado sobre o Amor Divinal quando se estabelece como coisa do anjo caído os ritos consagrados nesse segmento religioso de amor verdadeiro também, criticado por má-fé ou ignorância,s endo que este segundo sentimento pode ser corrigido com conhecimento de causa. Porém a má-fé, é mais difícil porque esconde uma enganação dogmática de manutenção do rebanho de ovelhas na ignorância a benefícios dos "senhores pastores" religiosos. Quem prega o amor de verdade, tolera, entende, compreende e age como Jesus, o Cristo, que nunca apontou o dedo nem apedrejou ninguém. Ao contrário: sempre acolheu e nunca perguntou o credo do acolhido mas, sim, o seu propósito regenerador e deixou para nós como mensagem: "atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado." Todos estamos em mundo de dificuldades e juntos, neste momento, para nos ajudarmos mútua e reciprocamente. Portanto, não cabe a qualquer religioso bem intencionado julgar esse ou aquele credo ou religião pois estará perdendo um enorme tempo que poderia ser utilizado para falar das virtudes do seu ministério. A cada um, segundo as suas obras. Tenho observado igrejas falando mais do demônio do que de Deus, na proporção de três para um, talvez. Outras criticam os rituais da umbanda, por exemplo, mas vendem arcas douradas, areia de Israel, rosa amarela que são verdadeiros amuletos, vendidos, negociados que julgam ser a fonte dos milagres e da salvação mas criticam os amuletos das religiões de matriz africana. Seria isso um preconceito instalado nas igrejas do "senhor" ou isso é discriminação de Deus que só é obtida como mensagem do "auto" nas igrejas renovadas? Talvez por isso ser tão confuso é que o Deus pregado nesses ambientes vibre muito em torno do dinheiro e da conquista material esquecendo-se que o Cristo de Amor nos disse que o reino Dele não é deste mundo, significando dizer que aqui nesse remanso estamos para nos retificar moralmente, espiritualmente e não para juntar riqueza como tem sido a proposta da neo-religião, via de regra. Precisamos de mais respeito para com as religiões pois não sabemos que, as de matriz africana, se preocupem com o que fazem as demais porque aproveitam o tempo que têm para sugerir que a humanidade se ame.

Diante desse comentário, eu gostaria que alguém me informasse se o Evangelho do Cristo nos enseja sermos religiosos ou amoráveis, amorosos uns com os outros. No meus parcos conhecimentos, adianto que entendo que o que prega o Evangelho de Jesus é o seguinte: faça do coração o seu templo de amor. Quanto ao mais... não é de Deus nem do Cristo. Principalmente se se tratar do ódio ou perseguição religiosa de qualquer natureza.

Não nos esqueçamos que na dimensão maior, somos todos irmãos. É isso que as igrejas de boa-fé devem transmitir aos seus fiéis.

Adesivo em parabrisa de veículo: Este é do Senhor Jesus! Porém o motorista é incapaz de permitir que Jesus dê uma carona ao andarilho com medo de ser assaltado. Então fica aqui uma reflexão: nesse caso ou Jesus é egoísta ou um covarde de pouca fé. Que tal, heim!!! Ou será um lobby junto a Jesus para obter mais favores e benesses? É ruim, heim?!...

Saudações kardequianas baseadas no Evangelho de Jesus Cristo.

Joel de Oliveira

Brasília/DF

domingo, 5 de junho de 2011

pelo direito de aprender

05.06.11 às 00h37
Pelo direito de aprender
Cotas e programas de apoio derrubam mitos e levam educação e futuro a milhares de jovens. C e D já são maioria na universidade
POR ÉLCIO BRAGA
Rio - A resposta simples e desanimadora mudou destinos. Início de 1990, salão da Igreja da Matriz, em São João de Meriti: cem jovens negros e carentes falavam sobre a fé. Por curiosidade, frei David Raimundo dos Santos perguntou quantos queriam fazer faculdade. "Apenas dois irmãos confessaram a intenção, obrigados pela mãe, agraciada por bolsas na instituição em que trabalhava como servente", lembra.
O episódio levou à criação da Educafro, influente entidade empenhada na democratização do acesso à faculdade pública. A ideia tornou o Rio mais justo e se espalhou pelo Brasil. Nos últimos cinco anos, mais negros entraram na universidade do que em todos os séculos anteriores somados.

Luana Castro: “Sem a cota, meu futuro seria incerto. Passei para Direito. Meu pai e minha mãe choraram muito” Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
Multidão de carentes passou a enxergar brecha no muro da faculdade. Política de cotas, pré-vestibulares comunitários e Programa Universidade para Todos (ProUni), do Governo Federal, criaram novo cenário. As classes C e D se tornaram maioria na universidade: 72,4%. “Diziam que eu, merendeira, filha de lixeiro, não podia fazer faculdade”, conta Therezinha Mello, 71, formada há seis em Serviço Social.
Contrários à ideia argumentavam que cotistas não conseguiriam acompanhar a turma. Pesquisa entre 2003 e 2006 mostrou desempenho do cotista superior em 29 dos 48 cursos na UERJ. "A minha grande alegria é que as cotas derrubaram a máscara das universidades públicas brasileiras", diz Frei David.

Fonte: Jornal O Dia - RJ